O Dodecafonismo é um sistema de composição musical desenvolvido pelo compositor austríaco Arnold Schoenberg no início do século XX. Também conhecido como serialismo, o dodecafonismo é baseado na utilização de uma série de doze notas musicais, chamada de série dodecafônica, que são organizadas de forma a evitar a predominância de uma nota sobre as outras. Essa técnica busca romper com a tonalidade tradicional da música ocidental, explorando novas possibilidades sonoras e estruturais.
A série dodecafônica é formada por todas as doze notas da escala cromática, sem repetições, e pode ser transposta, invertida e retrogradada para criar variações da série original. Essas operações matemáticas aplicadas à série dodecafônica permitem ao compositor explorar diferentes combinações e sequências de notas, resultando em composições complexas e inovadoras.
O dodecafonismo foi uma reação ao sistema tonal tradicional, que se baseia na hierarquia de notas e acordes em torno de uma tônica central. Ao abolir a tonalidade, o dodecafonismo propõe uma abordagem mais livre e igualitária das doze notas musicais, permitindo uma maior liberdade criativa e expressiva para o compositor.
Além da série dodecafônica, o dodecafonismo também introduziu novas técnicas de composição, como a combinação de intervalos fixos, a simetria das estruturas musicais e a fragmentação rítmica. Esses elementos contribuem para a complexidade e a originalidade das obras dodecafônicas, desafiando tanto os intérpretes quanto os ouvintes a explorarem novas formas de apreciação musical.
Em resumo, o dodecafonismo é um movimento revolucionário na história da música, que rompe com as convenções tonais e busca explorar novas possibilidades sonoras e estruturais. Com sua série dodecafônica e suas técnicas inovadoras, o dodecafonismo representa um marco na evolução da música contemporânea, influenciando gerações de compositores e expandindo os horizontes da expressão musical.